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'Centrão' não pode mais ser chamado de 'Centrão' na Câmara

Determinação da direção de jornalismo da Casa determinou a proibição do uso do termo.

Rodrigo Maia. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

A direção de jornalismo da Câmara dos Deputados proibiu o uso do termo “Centrão” pela rádio, TV e agência de notícias da Secretaria de Comunicação Social da Câmara (Secom). A expressão é usada para designar os partidos de centro, alvos de críticas nos últimos meses por boicotar o trabalho do Planalto.

A orientação tem como justificativa o que diz um trecho do manual de redação do órgão, que aponta que “não devem ser empregadas expressões pejorativas ou que incorporem juízos de valor”. Segundo informou a Câmara, a orientação encontra respaldo nas determinações contidas no capítulo “Estilo”, no trecho que trata de “Apelidos”.

“A matéria-prima com que os veículos da Secom trabalham é a atividade legislativa da Casa e dos parlamentares que nela têm assento, sem adjetivos, sem termos que incorporem posições preconcebidas. Não devem ser empregadas expressões pejorativas ou que incorporem juízos de valor. (…) Igualmente, devem ser evitados, sempre que possível, nomes que simplifiquem de forma imprecisa uma proposta ou um grupo de parlamentares”, diz o trecho do manual.

Bolsonaro e Centrão

Durante as manifestações de apoio ao governo no último domingo, o presidente Jair Bolsonaro disse que ficou claro que o Centrão às vezes atrabalha mais do que ajuda e que a palavra virou um “palavrão”. Ele afirmou que ouviu de parlamentares paranaenses que ser rotulado como sendo deste grupo, tornou-se algo negativo.

“Estive no Paraná esses dias com um grupo de parlamentares ali que estavam nos partidos do Centrão e eles me falaram: ‘olha, este rótulo não está pegando bem para nós, né? Meu voto é independente.’ E assim é grande parte desses parlamentares. Ou seja, virou um palavrão”, disse Bolsonaro.

Nas ruas, os manifestantes mostraram indignação pelo comportamento dos parlamentares do PRB, MDB, PP e DEM, que integram o bloco. Eles defenderam também a reforma da Previdência, o pacote anticrime do ministro da Justiça Sergio Moro, como também criticaram o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).


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