Estudantes, professores e funcionários administrativos das universidades e instituições federais de ensino, além de integrantes de centrais sindicais, foram às ruas nesta quinta-feira (30), supostamente, contra o contingenciamento de R$ 7 bilhões na educação anunciado pelo governo recentemente.
Todavia, durante os atos que ocorrem em vários municípios do país, alguns incidentes demonstraram que os protestos não parecem ter como objetivo "lutar pela educação", como divulgam os seus organizadores, mas sim de realizar um ato político contra o governo Bolsonaro.
Uma gravação feita durante uma manifestação no Distrito Federal, em Brasília, mostra um grupo de "estudantes" ateando fogo em um boneco do presidente Jair Bolsonaro, composto inclusive com uma camisa amarela, que tradicionalmente faz alusão ao Brasil e se tornou símbolo dos apoiadores do presidente.
De acordo com estimativa da Polícia Militar, a manifestação ocorrida em Brasília reuniu apenas cerca de 1,5 mil pessoas, até as 11h da manhã desta quinta-feira (30). A PMDF informou que haverá interdição de vias conforme a necessidade do ato, segundo o Correio Braziliense.
O ato de queimar a imagem de uma figura pública, especialmente o presidente de um país, se assemelha aos protestos realizados em países do Oriente Médio, onde o radicalismo ideológico e religioso motiva ataques de ódio e até atentados terroristas.
Não se trata de uma crítica política, por exemplo, como a realizada nas manifestações do dia 26 (pró-governo) contra o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, que teve um boneco em seu nome erguido no meio da multidão, com um saco de dinheiro, mas sim um ataque direto à pessoa e com requinte de pura violência.
Assista o vídeo abaixo:
Manifestantes queimam um boneco com o rosto do Bolsonaro. Teve um inicio de confusão quando uma estudante saiu da faixa pré-limitada. A policia empurrou aestudante e jogou spray de pimenta. Outros estudantes tentaram o confronto com policiais, mas foram contidos por manifestantes pic.twitter.com/BnblKbOTWq— Eu, Estudante (@EuEstudante) 30 de maio de 2019
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