
O FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou o empresário vilhenense Omar Faris, que chegou à Palestina na última terça-feira, 09, em pleno conflito envolvendo a terra de seus pais e Israel, que há anos estão envolvidos numa disputa que parece não ter fim.
Aos 37 anos, Omar precisou ficar dois dias na Etiópia, até poder chegar a Deir Jerir, que fica na região de Ramallah, maior cidade da Cisjordânia e onde está instalada a Autoridade Palestina, que representa oficialmente o governo do país (país é modo de dizer, porque esse status ainda não é reconhecido pela ONU).
Embora menos atacada que a Faixa de Gaza, que está a 60 km de distância, já na fronteira com o Egito, a Cisjordânia também registra conflitos diários entre palestinos e israelenses.
Faris conta que, ao chegar, viu a morte do marido de uma professora, que teve o carro metralhado por policiais “judeus”, mesmo não estando envolvido em nenhuma ação que pudesse ser considerada “terrorista”. Segundo o vilhenense, o veículo estava apenas indo de uma cidade para outra, e um sobrinho da educadora, uma criança, também morreu baleado dentro do carro. “O cara estava voltando para casa após o trabalho”, explica.
Logo após a entrevista, aconteceu outro incidente com morte na Cisjordânia, testemunhado pelo vilhenense: uma mulher foi baleada após soldados israelenses fuzilarem o carro dela, cujo filho teve o braço atravessado por um dos disparos.
Segundo o relato do empresário, ele próprio evita sair de casa, pois o clima entre os dois povos é sempre muito tenso. E as colônias israelenses ao redor das cidades palestinas agravam as hostilidades históricas. Sobre as cidades daquela região, Omar explica que elas ficam coladas umas às outras, como se fossem bairros.
FOI POR AMOR
O vilhenense, que gravou vídeos na chegada, explicou as razões para fazer a vigem mesmo com os riscos que correria: ele foi levar remédios para a mãe, Zolija Hasan Faris, hoje com 66 anos, que enfrenta problemas de saúde. Ela morou em Vilhena de 1979 a 1997, quando retornou à Palestina.
Segunda esposa do comerciante Hasan Abed Rahman Faris, pioneiro em Vilhena, falecido em 2002, a mãe do empresário decidiu, assim como havia feito o marido, falecer em terra natal. Chegou a vir ao Brasil a passeio em 2009, mas decidiu se juntar ao companheiro, quando chegar sua hora, na pátria de ambos.
Um irmão de Omar, há anos morando num bairro de Jerusalém, tem cinco filhos e ganha a vida como guia de turismo, buscando as pessoas no aeroporto, mas por causa do conflito, está sem trabalho atualmente.
Faris diz que, após ver a mãe reagir bem aos medicamentos levados por ele, pretende ficar mais 20 dias, no “paiol de pólvora” do Oriente Médio, mas já prevê dificuldades na partida de lá: “Talvez eu tenha que sair pela Jordânia se continuar assim”.
Aos 37 anos, Omar precisou ficar dois dias na Etiópia, até poder chegar a Deir Jerir, que fica na região de Ramallah, maior cidade da Cisjordânia e onde está instalada a Autoridade Palestina, que representa oficialmente o governo do país (país é modo de dizer, porque esse status ainda não é reconhecido pela ONU).
Embora menos atacada que a Faixa de Gaza, que está a 60 km de distância, já na fronteira com o Egito, a Cisjordânia também registra conflitos diários entre palestinos e israelenses.
Faris conta que, ao chegar, viu a morte do marido de uma professora, que teve o carro metralhado por policiais “judeus”, mesmo não estando envolvido em nenhuma ação que pudesse ser considerada “terrorista”. Segundo o vilhenense, o veículo estava apenas indo de uma cidade para outra, e um sobrinho da educadora, uma criança, também morreu baleado dentro do carro. “O cara estava voltando para casa após o trabalho”, explica.
Logo após a entrevista, aconteceu outro incidente com morte na Cisjordânia, testemunhado pelo vilhenense: uma mulher foi baleada após soldados israelenses fuzilarem o carro dela, cujo filho teve o braço atravessado por um dos disparos.
Segundo o relato do empresário, ele próprio evita sair de casa, pois o clima entre os dois povos é sempre muito tenso. E as colônias israelenses ao redor das cidades palestinas agravam as hostilidades históricas. Sobre as cidades daquela região, Omar explica que elas ficam coladas umas às outras, como se fossem bairros.
FOI POR AMOR
O vilhenense, que gravou vídeos na chegada, explicou as razões para fazer a vigem mesmo com os riscos que correria: ele foi levar remédios para a mãe, Zolija Hasan Faris, hoje com 66 anos, que enfrenta problemas de saúde. Ela morou em Vilhena de 1979 a 1997, quando retornou à Palestina.
Segunda esposa do comerciante Hasan Abed Rahman Faris, pioneiro em Vilhena, falecido em 2002, a mãe do empresário decidiu, assim como havia feito o marido, falecer em terra natal. Chegou a vir ao Brasil a passeio em 2009, mas decidiu se juntar ao companheiro, quando chegar sua hora, na pátria de ambos.
Um irmão de Omar, há anos morando num bairro de Jerusalém, tem cinco filhos e ganha a vida como guia de turismo, buscando as pessoas no aeroporto, mas por causa do conflito, está sem trabalho atualmente.
Faris diz que, após ver a mãe reagir bem aos medicamentos levados por ele, pretende ficar mais 20 dias, no “paiol de pólvora” do Oriente Médio, mas já prevê dificuldades na partida de lá: “Talvez eu tenha que sair pela Jordânia se continuar assim”.
Fonte: Folha do Sul Online
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